GOVERNO MEDICI
GOVERNO MEDICI
No fim de 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente:
o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é conhecido como "anos de
chumbo". O período se destaca pelo feroz combate entre a extrema-esquerda versus extrema-direita de um lado. e outro, o aparelho repressivo policial-militar
do Estado, eventualmente
apoiado por organizações paramilitares e grandes empresas, tendo como pano de
fundo, o contexto da Guerra
Fria.
A censura,
executada pelo CONTEL, comandado
pelo Secretariado Nacional
de Informação e pelo Departamento de Ordem Política
e Social, proibiu toda e qualquer exibição em território nacional de filmes,
reportagens, fotos, transmissões de rádio e televisão, que mostrassem tumultos
em que se envolvessem estudantes ou qualquer tipo de manifestação contrária à
ditadura militar. Jornais,
revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de
expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos,
artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país.
O Milagre Econômico
Médici teve a vantagem de
assumir o país no auge do chamado "Milagre Econômico", um breve
período (de 1969 a
1973) onde os
produtos comercializados pelo Brasil valorizaram-se, fazendo com que
o Produto Interno Bruto do país crescesse a até dois dígitos, um
feito só conseguido pela China atualmente. Assim, boa parte de seu mandato
caracterizou-se pela estabilidade econômica, o que ajudou o governo no seu
esforço de alienação do conjunto da população alheia à repressão e tortura
conduzida nos "porões" da ditadura. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao
ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e
empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de
infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo
país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia
Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo
altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros
geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
Acadêmicos da Vila Douglas: Caio Sorrentino (2), Gabriel Cavalli (5), Marcio Douglas(18), Otavio Augusto (21), Tales Dias (23) e Vanessa Mainardes (28)
Acadêmicos da Vila Douglas: Caio Sorrentino (2), Gabriel Cavalli (5), Marcio Douglas(18), Otavio Augusto (21), Tales Dias (23) e Vanessa Mainardes (28)