sexta-feira, 25 de abril de 2014

Métodos de tortura durante o regime militar no Brasil


Cadeira do dragão

Era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam nus numa cadeira de zinco ligada a terminais elétricos. Assim ao ligar o aparelho. O zinco transmitia choques pelo corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.




Pau-de-arara
Usada desde a escravidão, o pau-de-arara é um dos métodos de tortura mais antigo usados Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros.

  • Mamadeira de Subversivo

Era introduzido na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia de urina quente, normalmente quando o preso estava pendurado no pau-de-arara. Usando uma estopa, os torturadores comprimiam a boca do preso, obrigando-o a engolir a urina.



Choques elétricos

Conhecidas como "pimentinha" ou "maricota". A Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado. Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua.



Espancamentos

Os acusados eram torturados de inúmera formas, porém um dos mais cruéis era o “telefone”, com as mãos colocadas em forma de concha, o agressor aplicava fortes tapas ao mesmo tempo contra o dois ouvidos, podendo romper os tímpanos da pessoa e provocar surdez.


Geladeira

Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração muito frio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.


Soro da verdade

O pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência. Então como a pessoa estaria sob efeito do produto poderia falar informações que sabia e assim surge o nome "soro da verdade". Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar.


Afogamento


Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.





Arrastamento pela viatura

O acusado era amarrado numa viatura várias vezes. Seu corpo ficava destruído, fazendo com que ele sofresse graves escoriações pelo corpo. E para piora era obrigado a inalar o gás que saía pelo escapamento do carro.


Coroa de Cristo

Era utilizado um anel metálico que foi projetado para diminuir o tamanho do crânio da vítima, esmagando-o.


Palmatória

A Palmatória era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias partes do corpo, principalmente em seus órgãos genitais.



Balé no pedregulho

O preso era posto nu e descalço em local com temperatura abaixo de zero, sob um chuveiro gelado, tendo no piso pedregulhos com pontas agudas, que perfuravam os pés da vítima. A tendência do torturado era pular sobre os pedregulhos, como se dançasse, tentando aliviar a dor. Quando ele “bailava”, os torturadores usavam da palmatória para ferir as partes mais sensíveis do seu corpo.



Tortura psicológica

Apesar de toda tortura provocar afetar o psicológico do agredido haviam formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.

  • Abusos sexuais
Eles usavam e abusavam. Só nos interrogavam totalmente nuas, juntando a dor da tortura física à humilhação da tortura sexual”. (Gilse Cosenza, ex-militante da Ação Popular, AP). Além de ser uma tortura física era uma tortura psicológica, pois os torturadores xingavam e introduziam objetos nos corpos das vítimas, tanto nos corpos de mulheres como nos dos homens.

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