sábado, 26 de abril de 2014

EXILADOS POLÍTICOS DURANTE A DITADURA MILITAR

Grupo: Paguzistas (Carollina Arbex, Fernanda Magina, Julia Freire, João Vitor Couto, Luciana Muheison e Victória Valdívia).



            Durante a ditadura militar (1964-1985), diversos brasileiros deixaram o país e seguiram para o exterior para fugir da repressão e em busca de segurança e liberdade. Era o início do exílio que atingia uma parte da população brasileira (sobretudo classe média intelectual). O exílio tinha como principal objetivo afastar os grandes líderes opositores do novo regime  instalado em 1964. Esse período pode ser retratado pelo famoso lema: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
          Os primeiros exilados foram para países da América Latina como Chile e Uruguai com a esperança de uma volta breve. Como a ditadura ia se consolidando, a volta ao Brasil tornou-se uma ideia cada vez mais distante. Os exilados passaram então a fugir para países europeus. O  governo socialista de Salvador Allende atraiu muitos militantes de esquerda. Entretanto, a partir de 1973, com o golpe de Estado no Chile, tornou-se inviável a permanência dos brasileiros ali. Com a Operação Condor (aliança estabelecida entre governos da região contra os que se opunham ao regime) em vigor, os exilados foram obrigados a fugir novamente. Dessa vez para a Europa. 
       Paris foi o principal destino dos exilados, mas houve também os que foram para a Suécia, Inglaterra e Portugal. Muitos exilados continuaram, mesmo de longe, a sua luta conta a ditadura. Com a tortura virando uma política de Estado, muitos exilados denunciaram a violação dos direitos civis. 
        Em 1979 foi aprovada a Lei da Anistia, a qual beneficiou todos os exilados e permitiu que voltassem ao país. Os exilados acreditavam que a revolução socialista poderia ser feita a partir de uma democracia e não apenas pelo uso de forças armadas. 
     O exílio era sinônimo de derrota e exclusão, porém, significou também a abertura de muitas portas, como a descoberta de sistemas e regimes políticos, povos, culturas e países. Alguns dos exilados políticos foram:                                    
         - Fernando Henrique Cardoso: Foi ameaçado de prisão logo após o golpe. Foi para o Chile, depois para a França e um ano depois retornou ao Brasil. Com a instituição do AI-5, porém, foi aposentado compulsoriamente. Presidiu o Brasil de 1995 a 2002.
        - Leonel Brizola: Tentou organizar uma resistência ao golpe - sem sucesso - o deputado deixou o Brasil e foi para o Uruguai, onde criou o MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário). Viveu também em Portugal e EUA. Voltou ao Brasil apenas após a Lei da Anistia.
     - Juscelino Kubistschek: Ficou três anos fora. Teve seu mandato cassado, seus poderes políticos negados e foi proibido de pisar em Brasília, cidade que ele construiu. Viveu na França e nos EUA. Rotulava Castello Branco como "o monstro" e deixou claro que não voltaria com ele no poder. Em nenhum lugar sentiu-se feliz, à vontade. "Não posso deixar de confessar que viver fora do país, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil", escreveu a um amigo nos primeiros tempos do exílio.
           - Fernando Gabeira: Jornalista e ex-deputado, participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, foi preso e após ser solto, foi para o exílio. Viveu em vários países enquanto exilado. No Chile presenciou a queda de Salvador  Allende. Com a anistia, voltou ao Brasil no final de 1979.
          - José Dirceu: Foi preso em 1968, em um congresso nacional de estudantes. Teve sua nacionalidade cassada e foi banido do país. No exílio trabalhou e estudou em Cuba e retornou a São Paulo em 1979 beneficiado pela lei da anistia.
       - José Serra: Foi presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes, foi forçado a procurar o exílio no exterior. Foi para o Chile e depois para os  EUA, onde estudou e se formou.

Durante a pesquisa para a elaboração deste texto, achei uma espécie de "jogo" sobre a ditadura militar, onde você se passa como um cidadão comum e no final há um resultado dizendo se você seria de direita ou esquerda:                                    http://educacao.uol.com.br/infograficos/2014/cinquenta-anos-do-golpe-de-64/

Fonte: http://maisnoticiasjk.wordpress.com/
http://caio-ditaduramilitar-exiladospolticos.blogspot.com.br/
http://acervo.oglobo.globo.com/
http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/

8 comentários:

  1. Material de suma importância para a nossa reflexão com os estudantes e comunidade, principalmente, quando vivemos um momento de fratura exposta da democracia brasileira!

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  2. voce está com razão, covardes incitaram a população mal informada e nos deixaram na mão do militar que achava que tinhamos o mesmo pessamento dos covardes,na anistia voltaram para completar o que haviam iniciado,e não foram só os politicos, tambem teve Gil Caetano Chico . estou com voce.

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  3. a matéria inicial só fala das pessoas ,mas não fala o que fizeram para ajudar a afundar o pais e sua população operaria .

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  4. Período de ditadura
    Cuba 1953......... hoje
    Brasil 1964........1985

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  5. Mortes durante a ditadura
    Cuba Brasil
    +-100000. +- 354

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  6. O PIB per capita, em US$

    Cuba Brasil
    1970. 653. 440
    2014. 3100. 11760

    Ainda bem que os militares nos livraram desde atraso.

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  7. Concordo plenamente com vc Salles, estavam fazendo ao Brasil o que querem fazer hoje. Mas não conseguirão, com a graça de DEUS.

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  8. A Fé cega é que está arrastando o país para a lama... A Graça de Deus não é um direito da boca do homem... Cadê o Queirós??? Será que está comendo hamburguer ??? Bolsomínions alienados... tudo que sobe desce. Gleen é um anjo de Deus.

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