Arquivos recém-abertos confirmam toda a influência dos americanos no golpe de 64. Eles bancaram os golpistas, tinham tropas prontas para intervir e seu favorito, Castello Branco, sucedeu João Goulart, mais conhecido como Jango.
Áudios revelam que após a renúncia de Jânio Quadros e a conturbada posse de Jango, as reuniões de Kennedy sobre Brasil eram monotemáticas: como impedir que o Brasil se tornasse uma gigantesca Cuba? Apesar disso, Lincoln Gordon, embaixador no Rio, entre 1961 e 66, morreu aos 96 anos negando que o Estados Unidos teria participado do golpe.
Foi criada uma lei para se ter o acesso aos arquivos dos órgãos de repressão brasileira, a Lei de Acesso à Informação. Ainda nem 20% dos documentos foram analisados, porém já é possível afirmar que Jango caiu com um empurrão dos Estados Unidos. O governo americano instigou os militares, financiou a oposição, boicotou a economia e tinha tropas e navios prontos se fosse preciso intervir.
Durante e pós-ditadura, muitos pesquisadores brasileiros menosprezaram o papel dos americanos, tachando investigações nesse sentido de paranóia e teoria da conspiração. Mas documentos revelados nos últimos anos contam uma história diferente, que ao poucos vai sendo revelada.
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