quinta-feira, 15 de maio de 2014

TORTURAS NO REGIME MILITAR

Grupo: Paguzistas (Carollina Arbex, Fernanda Magina, João Vitor Couto, Julia Freire, Luciana Muheison e Victória Valdívia).

Como todos nós sabemos, em 1964 é estabelecido um novo regime político no Brasil. Regime que transforma a vida da sociedade brasileira, que afeta os direitos civis e não aceita a oposição. Autoritário, militar, repressivo, violento, ensanguentado. Talvez essa seja a melhor maneira de caracterizar o período da ditadura no país.
As torturas civis podem ser consideradas exemplos fundamentais para tentar exibir todo o poder militar da época. Tal técnica tinha como objetivo extrair informações, confissões de pessoas envolvidas em militância contra o governo. Choques e pancadarias seria só o começo de tudo que ainda estava por vir. Em 1969, a situação se agrava. Com o aparecimento das guerrilhas a repressão se torna mais forte e o número de torturados fica bem maior. 
Cadeira do dragão (utilizado para dar choques elétricos), pau-de-arara (amarrado pelas mãos e pelos pés, a vítima apanhava, levava queimaduras, etc), cama cirúrgica (esticado na cama, a vítima rompia seus nervos), afogamentos, geladeira (a vítima era colocada em celas pequenas que alternavam a temperatura: ora muito frio, ora muito calor), entre outros tratamentos de choque, tiveram como consequência uma onda de suicídios no país. Era tanta violência distribuída gratuitamente que prisioneiros e não prisioneiros, em meio a tamanho sofrimento, optaram pela morte. O suicídio também foi usado como desculpa dos militares para justificar o desaparecimento ou morte inesperada de inúmeras pessoas. As torturas não tinham limites, não respeitavam sexo, idade, condições financeiras e muito menos os direitos humanos de qualquer cidadão.
Apesar de todo massacre, torturadores ainda não foram punidos por seus atos durante a ditadura. E, para ajudar, o Congresso Nacional, em 1979, aprovou a lei da Anistia que não condena tais indivíduos envolvidos em crimes políticos, sendo assim, estão absolvidos pela justiça brasileira. Desse modo, as duas longas décadas de chumbo se passaram e hoje pertencemos a um país democrático porém sem memória. A luta de pessoas que almejam para que a justiça seja feita nos dias de hoje, se torna cansativa e, por muitas vezes, vã. O silêncio também se faz presente em meio a nossa sociedade que ainda sofre, afinal, o silêncio também é tortura.


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